Co-convocadorxs: Oliver Arellano (UMass Amherst), Laura Doci (Independent Scholar) e Ever Osorio (Yale University)
Resumo: Este grupo de trabalho investiga a estética e a política das culturas visuais/textuais em movimentos populares nas Américas no século XXI. Nos últimos vinte anos, feminismos transnacionais e movimentos populares nas Américas contra o capitalismo e o fascismo se comunicaram por meio de linguagens visuais materializadas em cartazes, memes, infografias, pôsteres, performances e grafites. A circulação online desses materiais acompanhou e gerou protestos em dezenas de cidades do hemisfério. Ao mesmo tempo, alimentaram não apenas conexões interpessoais e coletivas, mas também rupturas epistemológicas. Essas irrupções, argumentamos, permitiram que xs ainda não participantes dessas lutas interpretassem e elaborassem narrativas que as capacitassem a aderir aos movimentos como é o caso de #metoo, #miprimeracoso e #niunamas para citar algumas das poéticas visuais/textuais feministas que objetivamos trabalhar.É por meio desses materiais que gostaríamos de explorar a arkhe de protestos transnacionais nas Américas XXI contra a violência patriarcal, ecocídio, capitalismo racial, políticas neoliberais e expropriação de terras. Dado que a origem etimológica do conceito de arquitetura se refere a um sentido de “início”, “origem” ou “fonte de ação”, propomos abordar tais origens genealogicamente, historicizando as culturas visual/textuais que iremos explorar como parte de uma história fragmentária e ainda agregadora de resistência e dissidência. Um vez que esses movimentos dependem fortemente das mídias sociais para se comunicar, também abordaremos como as tecnologias digitais e a cultura que simultaneamente apoiam e limitam o desenvolvimento de diferentes temporalidades históricas e políticas.
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